Gerenciar um hotel envolve muitos detalhes, especialmente em termos de finanças e questões legais. Uma área importante que merece atenção são as taxas do ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição).
A música ambiente em hotéis é essencial para criar uma experiência única e memorável para os hóspedes. No entanto, além da escolha adequada das músicas, essa gestão passa pela compreensão sobre os direitos autorais da utilização de músicas em estabelecimentos comerciais.
Neste texto, exploraremos como funciona o ECAD, quem paga os direitos autorais das músicas, o que são essas taxas, como elas impactam a indústria hoteleira e o que você – profissional do setor, precisa saber para lidar com elas de maneira eficaz e sem estresse.
O que é o ECAD?
O ECAD é uma instituição privada responsável por arrecadar e distribuir os direitos autorais de músicas executadas publicamente no Brasil.
Regido pelas leis 9.610/98 e 12.853/13, o escritório trabalha em parceria com sete associações musicais. São elas: Abramus, UBC, Assim, Socinpro, Sicam, Sbacem e Amar.
Dessa forma, o ECAD atua como um intermediário entre os detentores dos direitos autorais e aqueles que possam vir a executar essas obras – como hotéis/resorts, clínicas, bares/restaurantes, lojas e diversos outros.
O objetivo principal do órgão é garantir que os artistas e criadores sejam remunerados de forma justa pelo uso de suas obras.
A arrecadação do ECAD
O ECAD monitora as músicas executadas em ambientes públicos através de gravações feitas por aparelhos digitais instalados nos locais.
Essas gravações são utilizadas para compor amostras, que ajudam a identificar as músicas tocadas e a calcular os valores a serem arrecadados e distribuídos aos artistas.
Conheça o regulamento de arrecadação do ECAD aqui.
Como os artistas recebem os Direitos Autorais?
Para receber os valores arrecadados pelo ECAD, os artistas precisam estar filiados a uma das sete associações de música – mencionadas anteriormente, e registrar adequadamente as suas músicas.
Mensalmente, o ECAD envia às associações os demonstrativos de valores a serem repassados aos artistas, detalhando as músicas captadas, os segmentos em que foram tocadas e os rendimentos gerados.
Como funcionam as taxas do ECAD na hotelaria?
Classificação dos estabelecimentos
O ECAD classifica hotéis em várias categorias, considerando o número de quartos disponíveis. Essa classificação define a base da taxa a ser paga. A Lei 9.610/98 determina que todo local de frequência coletiva que utilize música publicamente deve pagar direitos autorais aos artistas.
Hotéis são considerados locais de frequência coletiva, mesmo que os quartos sejam ocupados por pessoas diferentes a cada dia. Considerando que a música tocada nos quartos é um serviço que agrega valor ao hotel e contribui para o conforto dos hóspedes, portanto, é justo que os artistas que criaram essas músicas sejam remunerados por seu uso.
Cálculo das taxas
As taxas do ECAD são determinadas por fatores como o tamanho do hotel e a frequência do uso de músicas. Essas taxas são cobradas periodicamente para garantir o cumprimento das obrigações legais.
O valor cobrado varia de acordo com os seguintes fatores:
⚫ Tipo de local: áreas comuns ou quartos.
⚫ Tamanho do local: metragem da área comum ou número de quartos.
⚫ Taxa de ocupação: no caso dos quartos, a taxa de ocupação pode ser informada pelo hotel ou estimada pelo Ibope.
⚫ Região socioeconômica: o valor da taxa varia de acordo com a região onde o hotel está localizado.
Para as áreas comuns, o cálculo é feito de acordo com a metragem da área e a atividade realizada no local (restaurante, academia, etc.). O ECAD cobra hotéis em diversas situações, como:
⚫ Execução de música em áreas comuns: restaurantes, bares, halls, piscinas, áreas de lazer, etc.
⚫ Disponibilização de música nos quartos: rádio, TV, streaming, etc.
⚫ Eventos realizados no hotel: shows, festas, conferências, etc.
⚫ Uso de música em materiais promocionais: vídeos, anúncios, etc.
Arrecadação e distribuição
Após arrecadar as taxas, o ECAD distribui os valores aos detentores dos direitos autorais, como compositores e músicos, usando uma fórmula que considera a popularidade e o uso das obras nos hotéis.
Não é necessário que o órgão saiba quais músicas foram tocadas em cada local, mas sim, se a música estava disponível. A simples disponibilização de rádio, TV ou streaming nos quartos já configura a execução pública de músicas.
Para pagar os direitos autorais, o estabelecimento deve procurar o ECAD para fornecer informações sobre a utilização de música no ambiente e efetuar o pagamento via boleto bancário. O escritório oferece descontos de até 60% para alguns municípios, de acordo com a região socioeconômica.
Simule os valores a pagar aqui.
Benefícios da música ambiente em Hotéis e Resorts
A música ambiente pode transformar a experiência dos hóspedes, criando um ambiente acolhedor e agradável. Estudos já evidenciam que a música pode aumentar a conexão do consumidor com a empresa, o tempo de permanência no local, melhorar sua percepção sobre o serviço e influenciar positivamente suas decisões de compra.
Segundo pesquisa da MarketingCharts, 81% dos consumidores dizem que a música ambiente melhora o seu humor, enquanto 71% afirmam que ela cria uma atmosfera melhor em geral.
Além disso, dados da MCR Data destacam que a música pode aumentar o tempo de permanência dos clientes no local em até 42% – em especial, quando a trilha sonora reflete a essência da marca.
Em um hotel, pousada ou resort – isso significa hóspedes mais felizes, que muito provavelmente voltarão e recomendarão o estabelecimento para os amigos ou familiares. Contudo, é fundamental atentar-se para que a escolha das músicas não seja aleatória ou baseada em preferências pessoais.
Conte com um parceiro especializado
Ao contar com uma agência de music branding é possível garantir que a música ambiente esteja alinhada com a identidade da marca e as expectativas dos hóspedes.
No Bananas Music, trabalhamos para entender e traduzir os atributos e características que a marca deseja expressar através da música. Além disso, contamos com um player exclusivo, permitindo tocar diferentes playlists ao longo do dia em diferentes espaços, mas também atualizá-las de maneira simples e offline.
Conheça alguns dos nossos clientes no setor hoteleiro:
Japaratinga Lounge Resort
Desenvolvemos uma curadoria musical única para o Japaratinga, focando em criar uma atmosfera envolvente e memorável para os hóspedes, alinhada à beleza natural do local.
O objetivo é oferecer uma experiência sonora que complementa e enriquece a estadia, estendendo a conexão com o hóspede além do checkout – com playlists exclusivas e gestão completa do perfil da marca no Spotify.
Nannai Resort & Spa
Para o Nannai nosso time elaborou uma identidade sonora específica visando traduzir os atributos de sofisticação e exclusividade da marca.
A curadoria musical foi desenvolvida para criar uma atmosfera relaxante e elegante, reforçando a identidade de alto padrão do resort. Desenvolvemos playlists personalizadas para cada ambiente, além de aumentarmos os pontos de contato com os hóspedes através de ações integrando o canal da marca no Spotify.
Salinas Maragogi e Salinas Maceió
Nos resorts Salinas implementamos uma trilha sonora consistente nas unidades Maragogi e Maceió, refletindo o posicionamento em uma identidade sonora alegre e familiar da marca.
O projeto visou garantir uma experiência sonora uniforme e de alta qualidade, reforçando seus valores e melhorando a percepção dos hóspedes que buscam o local durante as férias.
Se quer entender mais sobre como implementar uma rádio indoor ou tem dúvidas em relação à arrecadação do ECAD para hotelaria, solicite aqui um diagnóstico gratuito.
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