
Como o
Bananas Music
Nesse texto, Emely Jensen, nossa head de curadoria aqui no Bananas Music revela as dicas e passos que ela usa para criar uma boa playlist, ferramentas que podem ajudar a criar playlists melhores e a organizar sua biblioteca, além de algumas refs sobre onde e como atualizar seu repertório musical.
A Emely Jensen começou a trabalhar com music branding em 2016 e é hoje nossa Head de Curadoria Musical aqui no Bananas, sendo responsável pela identidade musical de muitas das playlists que tocam nas lojas e nos canais do Spotify dos nossos clientes em todo o Brasil.
Junto com o nosso time de curadoria, em 4 anos ela já criou mais de 100 projetos para marcas nas plataformas de streaming. Desde o início, sempre esteve envolvida na construção da identidade musical de grandes marcas, como o gerenciamento dos canais da Warner Music Brasil no Spotify, por exemplo.
Uma curiosidade: além de designer apaixonada por música, a Eme é tastemaker do Spotify™ e responsável por playlists com mais de 20.000 seguidores :O
Nesse texto, ela compartilha algumas dicas e passos que usa para criar uma boa playlist (aka Playlist Foda™), ferramentas que podem ajudar a criar playlists melhores e a organizar sua biblioteca, além de algumas refs sobre onde e como atualizar seu repertório musical.
Uma playlist foda precisa ter uma vibe reconhecível, mesmo que o conceito dela seja complexo. Qual vai ser a temática playlist? Músicas alegres para ouvir na beira da piscina? Pós grunge noventista para ouvir em dias nublados? Sabendo a vibe que você quer transmitir fica muito mais fácil escolher as músicas certas.
É uma playlist para ouvir enquanto se está cozinhando?
Feche os olhos e tente se colocar na situação em que a playlist vai ser ouvida.
Ao escolhar uma música para adicionar à playlist, perceba se ela combina com essa situação.
Se sim, vai fundo! Se ficar estranho, passa pra próxima.
Ao se imaginar vivendo a experiência onde a playlist vai ser tocada, você evita colocar uma música que pode ser meio nada a ver pras outras pessoas.
Não confunda o seu gosto pessoal com o conceito musical da playlist.
Lembra da dica 1? Seja fiel a VIBE. Não coloque uma música só porque você gosta muito dela.
Você precisa entregar a proposta da playlist de cara.
Desde o início da playlist, escolha músicas que representam a VIBE da playlist. É muito comum que as pessoas ao buscarem por uma playlist, fiquem apenas na primeira rolagem da tela.
Você tem poucos segundos para prender a atenção do seu ouvinte, não desperdice essa chance.
Você pode até colocar Metallica e Britney Spears na mesma playlist, mas (no geral) você vai precisar de umas 5 músicas no mínimo para migrar de um artista pro outro sem ficar super estranho.
Sim, boa parte das pessoas escuta no shuffle, então essa dica não é uma regra, mas um conselho ;)
Coloque alguns artistas mais conhecidos para ajudar a identificação do ouvinte (e de preferência mais ao topo da playlist).
Assim, mesmo que a playlist se proponha a apresentar novidades, ao encontrar um nome conhecido o ouvinte pode fazer uma relação com o restante dos artistas.
O título precisa ser funcional (e, muitas vezes, até literal).
Se a playlist é de “novo indie brasileiro”, dar o nome de playlist123 não vai ajudar em nada às pessoas encontrarem na busca do Spotify.
Pense em um nome que vai facilitar a busca e o reconhecimento do que se trata a vibe da playlist!
A capinha ajuda na apresentação do que se trata a VIBE da play pro usuário. Já a descrição apresenta o conteúdo da playlist e ajuda o usuário a encontrá-la na imensidão de playlists do Spotify.
SIM, a busca do Spotify busca por títulos E por palavras na descrição!
Pense em artistas, gêneros e/ou palavras-chave que você gostaria de associar a sua playlist e taca ficha na descrição para maximizar retorno de buscas.
A frequência de atualização ideal varia, depende do que a playlist se propõe. O importante é não deixar ela parada por muito tempo.
Assim quem gosta da sua playlist vai retornar para ouvir as novidades com a sua curadoria ;)
Siga artistas, DJs, influenciadores, gravadoras, selos, enfim, fique atento às novidades e lançamentos para buscar referências. Esteja sempre aumentando seu repertório para seguir fazendo playlists fodas.
Algumas das ferramentas que uso diariamente no meu trabalho de curadoria e certamente irão te ajudar a fazer playlists cada vez melhores:
O slogan do Playlist Miner é “O melhor DJ é todo mundo”. Essa ferramenta reúne as músicas mais populares em playlists públicas do Spotify que combinem com seu critério de busca. Por exemplo: ao pesquisar por “treino”, o Miner vai encontrar as faixas que aparecem com mais frequência em playlists temáticas para malhar.
Sabe quando tu gosta muito de um artista e queria achar outro parecido? Say no more. No MusicRoamer, tu vê de uma maneira simples e direta a conexão de um artista com outro. É só pesquisar por um artista e ir clicando. E dá pra dar o play já de cara e ouvir uma palhinha das músicas de cada um que te interessar ;)
Lembra o que eu falei lá em cima que unir Metallica e Britney Spears numa mesma playlist padrão de maneira coerente é quase impossível? Essa ferramenta te ajuda a suavizar o caminho. Dê o nome de dois artistas e a ferramenta vai criar uma sequência sútil (na medida do possível...) entre dois artistas.
Classifique as playlists no Spotify por qualquer um desses atributos: ritmo, intensidade, valência, energia, dançabilidade, popularidade, etc. Super útil na organização da ordem das músicas em uma playlist!
Essa ferramenta é uma versão aprimorada do Sort Your Music. Aqui você pode organizar a tua biblioteca do Spotify através de vááááários atributos, incluindo gênero, mood, década, popularidade etc.
Parece que quanto mais música tem nesse mundo, mais difícil fica de encontrar algo pra ouvir (conhecido como “o paradoxo da escolha”). Lembre-se: menos é mais! Procure quem já fez o trabalho por você, buscando curadoria especializada nos gêneros musicais/moods que tu gosta.
As playlists editoriais do Spotify e dos perfis das major labels (Filtr, Topsify, Digster,...) costumam ser bastante repetitivas e focam no que elas estão tentando promover no momento. Costumam (no geral) ser fracas para descobrir novos artistas pequenos mas ótimas para ouvir hits e descobrir novos de artistas em ascensão.
Minhas sugestões de descoberta musical além do editorial do Spotify e major labels:
O last.fm ainda está vivo (me add)! E o algoritmo de recomendação deles é maravilhoso.
Sim, isso mesmo! Encontre uma rádio com um programa/curadoria que você gosta e a partir daí é só alegria. Ninguém melhor pra recomendar música na vibe que tu gosta do que alguém que um nerd musical.
Descendo a página do artista no Spotify, tem a seção “Playlists do artista”. Curadoria fina de quem você mais gosta <3
Existem muuuuuuuuitos canais maravilhosos de recomendações musicais. Aí vai de você ir pesquisando o gênero que você está gostando de ouvir e ir deixando o algoritmo do YouTube te levar :) Eu particularmente gosto muito do Needle Drop, Trash Theory, KEXP, NPR Music, Minuto Indie e o maravilhoso Cultura Livre.
Só se você gosta de alt punk alt indie alt emo e art pop art rock. Do contrário provavelmente acharás um saco. Eu não saí da minha fase revoltz ainda.
É isso :)
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